sexta-feira, 23 de novembro de 2012

E, acabou. (e.e que se exploda que as imagens ficaram saindo pra fora)

Tipo, felizmente e infelizmente tudo tem um fim. As coisas boas e as coisas ruins.
Haja o preconceito que houver, a saga Crepúsculo fez parte da minha vida, de um jeito especial, melancólico, marcante, improvávelmente cicatrizante, romântico, e mais importante do que tudo: ilustrou o surgimento das amizades mais fortes que tenho hoje.
No ano em que lançou Crepúsculo eu tinha acabado de me mudar de escola, e assim que assisti o filme viciei, e na nova escola descobri outras que compartilhavam esse mesmo vício. 
Era um amor, um desejo, um sonho infinito, tanto sentimentos grandes em relação a história que tínhamos quase inveja da protagonista Bella.
Então éramos maníacas por Edward Cullen e Jacob Black. Os papos, as alegrias, os desejos, as tritezas, os choros, tudo girava em torno disso. Tudo. 
E quantas vezes não sonhamos com um primeiro beijo como o de Bella e Edward?
E quantas vezes não desejamos sentir por alguém e que alguém sentisse por nós o amor que aquele casal vampiro-humano compartilhava?
Conheci minha melhor amiga com Crepúsculo, e escrevemos nosso primeiro livro juntas por causa de Crepúsculo. 
E isso nunca vai ser apagado.




Então no ano seguinte lançaram Lua Nova. Independente como, todas assistimos. Anciosas. Amamos, mas ao decorrer do tempo fomos esquecendo. Ainda estávamos lá, segurando com garra o título de fãs loucas.
E o livro ganhava páginas, e os sonhos cresciam, e o amor explodia cada vez mais feroz pra fora do peito.
Mas outras coisas aconteciam na vida... outros pensamentos nos prenchiam, e um bom tempo depois de ter assistido Lua Nova..., nos cansamos. Não definitivamente.
Mas os posters foram retirados das paredes, dobrados e guardados no fundo de uma gaveta esquecida.
Somente um pequeno poster do tamanho da capa de uma revista foi deixado na porta, expondo o rosto de Edward. 
Ninguém falava mais.


 Aproximadamente um ano depois lançaram Eclipse. Fomos todas assistir juntas. Felizes, nervosas. O filme foi maravilhoso.
E a paixão, parecia tudo ter voltado. Pena que durou pouco. Esequecemos de novo.
E então nossa amizade foi se fortalecendo, volta e meia comentando sobre a série. Mas não era mais Crepúsculo que nos unia, éramos nós mesmas, com nossos gostos e opiniões compartilhados. E nosso vínculo nunca esteve mais forte.
E nossas paixões nunca foram tão verdadeiras. Não sonhávamos com Bella dando certo, nem com Edward em nossos sonhos, nem com Jacob... 
Éramos nós lutando por amor, por nossos próprios anceios.
Ninguém lembrava de Edward e Bella.


Então lançaram Amanhecer - primeira parte. 
Choramos, e não bastasse assistirmos duas vezes no cinema (o que é raro, porque o ticket é caro). O casamento, o "amor", a gravidez, o nascimento, e... a transformação. 
A transformação.
Aquela cena melancólica com a música mais profunda, revirando seu estômago, seu interior, mexendo com as lembranças de um jeito cruel. 
Então a anciedade cresceu de novo. Todas a espera de Amanhecer - parte 2.
Mas não era igual... não era, porque mesmo que fosse pouco, a maturidade estava chegando, e histórias maravilhosas de amor não nos esncantava tanto. 
Edward e Bella não eram mais um futuro certo para todas nós, era apenas mais uma história de ficção. Algo tão maravilhoso, tão incrível, que parecia impossível.

Há pouco tempo assistimos ao final. Ao último filme: Amanhecer - parte dois.
E no final me debulhei em lágrimas (eu e mais outra amiga, as outras nem tanto). Porque eu lembrei de tudo. Desde o marco importante em que conheci minhas melhores amigas, lembrei dos meus sonhos, das minhas fantasias, do meu coração apaixonado de menina, da curiosidade, das centenas de linhas escritas à saga, e era tudo tão bom.
Uma fase infinita da minha vida marcada pela história do casal de Crepúsculo.
Então Crepúsculo acabou; e a sensação foi como a de uma despedida repentina. Como se seus pais te acordassem no meio da noite dizendo que estavam partindo, pra sempre, e você se despede num repente de tudo aquilo. Foi assim. Foi como dar tchau para toda aquela fase de contos de fadas que durou anos em apenas minutos. É claro, que depois você percebe que aquilo foi figurativo, que foi algo ilustrativo, que sua amizade vai continuar independente do fim dos filmes.
Mas então, eu lembrei de uma coisa que me partiu o coração. Aquela fé incondicional no amor.
Eu tinha uma fé cega no amor, no achar o seu par, no achar a sua alma gêmea. E a saga de Crepúsculo me proporcionou fissuração nessa fé. E quando eu terminei de ver a última cena do último filme, eu percebi que minha concepção era completamente outra.
Meu sonho não era o mesmo de 4 anos atrás, achar o amor da minha vida, porque humanos não vivem sozinhos, humanos podem ter tudo em par, menos o coração (e alguma outras coisas ok, mas o coração se destaca) precisávamos do coração de outra pessoa, e eu tinha de achar essa pessoa, eu sabia que ela existia, e sonhava, imaginava....
Então, agora, meu sonho para o futuro não passa de: conseguir me formar, viajar para o exterior (e se possível sozinha), conseguir um bom emprego, ser bem sucedida, independente. E é claro que pra isso não preciso, e alias é preferível não ter um parceiro.
E isso é triste. Não é necessário se iludir e parar no tempo pra sonhar com amores e caras milaborantes, mas a vida não tem valor sem os sentimentos, e pra mim, o amor é o mais forte de todos. Seja amor de casal, de irmão, de mãe, de amiga...
Minha fase de ilusões talvez não tenha acabado, e mesmo que um dia acabe, não importa, porque o amor nunca acaba.


 Obrigada Stephenie Meyer por me fazer acreditar no amor, pelo menos de uma forma mais mágica.




 Soundtrack Crepúsculo:

1. Muse — Supermassive Black Hole
2. Paramore — Decode
3. The Black Ghosts — Full Moon
4. Linkin Park — Leave Out All The Rest
5. MuteMath — Spotlight (Twilight Mix)
6. Perry Farrell — Go All The Way (Into The Twilight)
7. Collective Soul — Tremble For My Beloved
8. Paramore — I Caught Myself
9. Blue Foundation — Eyes On Fire
10. Rob Pattinson — Never Think
11. Iron & Wine — Flightless Bird, American Mouth
12. Carter Burwell — Bella’s Lullaby


Soundtrack Lua Nova:

1 Meet me on the equinox (Death Cab For Cutie)
2 Friends (Band os Skulls) 
3 Hearing damage (Thom Yorke)
4 Possibility (Lykee Li)
5 A white demon love song (The Killers)  
6 Satllite Heart (Anya Marina )
7 I belong to you - Remix (Muse)
8 Roslyn (Bon Iver & St. Vincent) 
9 Done all wrong  (Black Rebel Motorcycle Club)

10 Monsters (Hurricane Bells) 
11 The violet hour (Sea Wolf)
12 Shooting the moon (Ok Go)
13 Slow life (Grizzly Bear) 
14 No sound but the wind  (Editors)
15 New moon - The meadow (Alexander Desplat)  
     


Soundtrack Eclipse:

1 – Metric – Eclipse (All Yours)
2 – MUSE – Neutron Star Collision (Love Is Forever)
3 – The Bravery – Ours
4 – Florence + The Machine – Heavy In Your Arms
5 – Sia – My Love
6 – Fanfarlo – Atlas
7 – The Black Keys – Chop And Change
8 – The Dead Weather – Rolling In On A Burning Tire
9 – Beck and Bat For Lashes – Let’s Get Lost
10 – Vampire Weekend – Jonathan Low
11 – UNKLE – With You In My Head (Feat. The Black Angels)
12 – Eastern Conference Champions – A Million Miles An Hour
13 – Band of Horses – Life On Earth
14 – Cee Lo Green – What Part of Forever
15 – Howard Shore – Jacob’s Theme



Soundtrack Amanhecer - parte 1:

01 End Tapes – By The Joy Formidable
02 Love Will Take You – By Angus & Julia Stone
03 It Will Rain – By Bruno Mars
04 Turning Page – By Sleeping At Last
05 From Now On – By The Features
06 A Thousand Years – By Christina Perri
07 Neighbors – By Theophilus London
08 I Didn’t Mean It – By The Belle Brigade
09 Sister Rosetta (2011 Version) – By Noisettes
10 Northern Lights – By Cider Sky
11 Flightless Bird, American Mouth (Wedding Version) – By Iron & Wine
12 Requiem On Water – By Imperial Mammoth
13 Cold – By Aqualung & Lucy Schwartz
14 Llovera – By Mia Maestro
15 Love Death Birth – By Carter Burwell
16 Like A Drug (Bonus Track) – By Hard-Fi
17 Turning Page (Instrumental) – By Sleeping At Last
18 Eclipse (All Yours) [Bonus Track] – By Kevin Teasley



Soundtrack Amanhecer - parte 2:
1 “Where I Come From” — Passion Pit
2 “Bittersweet” — Ellie Goulding
3 “The Forgotten” — Green Day
4 “Fire In The Water” — Feist
5 “Everything And Nothing” — The Boom Circuits
6 “The Antidote” — St. Vincent
7 “Speak Up” — POP ETC
8 “Heart of Stone” — Iko
9 “Cover Your Tracks” — A Boy and His Kite
10 “Ghosts” — James Vincent McMorrow
11 “All I’ve Ever Needed” — Paul McDonald e Nikki Reed
12 “New For You” — Reeve Carney
13 “A Thousand Years (Part Two)” – Christina Perri
14 “Plus Que Ma Prope Vie” — Carter Burwell 





Amo as trilas sonoras dos filmes, todos. As grifadas são minhas preferidas (sim, gosto de quase todas). 

                                                            Escrito enquanto ouvia:
                                                                                       Florence and The Machine - Lover to Lover
                   

domingo, 11 de novembro de 2012

E... vish, saiu tudo errado!


Tipo, ... vou pegar uma imagem representativa para começar esse post.
Vamos enchergar a vida como uma música ok? Tudo bem? (Se você não quiser também foda-se!)
É uma música longa... ás vezes curta pra algumas pessoas. Pode ser uma música animadona, legal, pra dançar, ou aquelas musiquinhas de jazz que dão sono (eu amo jazz tá pessoal?), ou um rock fudido, ou um samba, ou um pop, uma eletrônica, tanto faz... o importante é que ninguém no mundo dança a mesma música. E essa é a graça, cada um tem um ritmo e uma letra diferente. Particularmente eu iria querer um rock, com o som do Guns N' Roses, kkk'.
Mas agora o tema não é esse: sobre como é sua música e como você dança ela. A questão é, quando a música desafina, ou a letra não rima.
Em algum momento, não importa quem você seja, você irá dar uma escorregada.



  

 Acontece que as coisas só dão erradas quando nós montamos planos. É. Se você montar um plano e as coisas saírem fora daquele plano ou daquelas expectativas, então as coisas deram errado. Mas, se você não tiver plano nenhum, as coisas NUNCA irão dar errado, porque aí não haverá margem de erros como referência. Não estou certa? Para tirarmos conclusão de qualquer coisa é necessário uma referência, pra saber o que é burro precisamos saber o que é inteligente, pra saber o que é bonito precisamos saber o que é feio, então pra saber por que algo deu errado precisamos saber o que seria o certo.
"Ah, então eu vo saí vivendo a vida na loca! É ISSO AEH!" 
Não minha filha, não. Isso não seria recomendável, mas mesmo que você quisesse viver assim na "loca!" não conseguiria.
Não conseguiria porque somos humanos, e mesmo que evitemos ao máximo termos planos, sempre o teremos. Primeiro porque ninguém é vidente, (não, não acredito em vidência), então pegar um resfriado nunca seria esperado. Você nem sempre acorda com o cabelo bom. E todo mundo vai dormir todos os dias com um plano na cabeça, seja ele o mais simples, como: acordar amanhã. E vai que você não acorda né...?
Conclusão: é inevitável evitar o erro.



Então ta lá, você, sua vidinha, com a sua musiquinha, e de repente, no meio da música começa um piano a tocar uma melodia melancólica e a letra começa a falar de um pé na bunda que você levou de quem gostava.
Pera, não precisa tacar fogo no piano! 
Vamos por partes, porque afinal para o piano ter começado a tocar e a letra ter começado a falar de um pé na bunda, significa que provávelmente  antes estava tocando um solo legal de violão junto com uma letra apaixonada. É assim meu caro, tipo terceira lei de Newton: a toda ação há uma reação de mesma intensidade no sentido oposto.
Outro exemplo, ta lá sua musiquinha estilo Diva Total falando em como você é uma mulher poderosa e tudo o mais, então de repente, a musiquinha fica patética, tipo musiquinha de circo na hora que o palhaço entra no palco, então você tá na cama, se sentindo uma idiota, porque sei lá... não entrou na faculdade que queria!



Acontece que todo mundo vai ter um pedaço da sua música meio chato. A não ser que ela nunca seja legal! Porque provávelmente quando tiver no solo da guitarra (que é normalmente minha parte preferida) alguma nota vai sair errada! Até o Slash erra o solo de vez em quando! Então sua música tá sempre no solo, sempre animada, o que aumenta as chances de alguma nota sair errada. É como viver sempre na mão do destino, é bom, é mais fácil, e bem mais provável você se ferrar! E sai tudo errado... kkk' Eu to rindo porque é bom saber que todo mundo passa por isso também.



Mas assim que é bom, certo? Quando o seu cantor desafina, a música fica chata e do nada anima de novo. Porque se vivessemos sempre na parte do solo da guitarra (e ele fosse sempre certo) a vida seria enjoativa! E o bom de tudo é que ela tá sempre correndo, lutando, seja com um piano, com um violino, com um violão, com um trompete, com um pandero, com uma guitarra, uma bateria, ou um sininho! O importante é continuar dançando, cantando, e manter o silêncio longe.

 
  

 Agora uma história rápida só pra arrematar. Um pedacinho da história de Marcie.
 Marcie sempre foi uma garota muito exigente com a vida e com tudo dentro dela. Em tudo mesmo. Vamos falar da vida amorosa de Marcie. 
Marcie nunca tivera ninguém, não por não ser o bastante, mas simplesmente por se achar boa demais para alguém. Dispensava caras como dá descarga. E mesmo parecendo muito fria com a vida amorosa Marcie sempre fora uma garota apaixonada. O problema é que ela ficava esperando sentada o Príncipe Encantado. OBVIOUS! Não chegou poha de príncipe nenhum!
 Mas ela continuava exigente, e conforme foi vendo que o bendito do príncipe não chegava, foi caindo na real.




Sim, ela era 8 ou 80. Ou ela encontrava o príncipe ou morria sozinha! Radical#
Mas aí, a curiosidade junto com uma paixonite venceu o orgulho de Marcie, e aos seus 15 anos ela beijou pela primeira vez um garoto.
E bem, Marcie percebeu que gosta mais de deliniador do que de relacionamentos. Sua reação foi nada menos do que:


Porque, ... ela podia ter esperado mais.
É irônico, porque todo mundo pensou que ela iria pensar: Poxa, eu estive perdendo tempo e sendo muito boba, orgulhosa e exigente!
Mas agora Marcie é mais exigente e orgulhosa do que nunca! kkk'
E ela adora a música dela, porque ela já sabe qual é o acorde em que ela errou e agora na próxima ela acerta!
E ela vai continuar, cantando, dançando, tocando, e errando. E você também!



Marcie provávelmente vai virar um gato gordo se continuar só ouvindo jazz! (Repito: eu amo jazz!) kkk'





                                                                                                           Guns N' Roses - Paradise City