sábado, 12 de outubro de 2013

É outro nipe man!

Tipo, quantas vezes não nos vimos presos pela distância a um patamar? Não refiro-me somente ao dinheiro, mas em aparência, inteligência, gosto, religião, etc. O triste que ao citarmos a palavra patamar já nos referimos a um nível, mais alto, claro. Um exemplo de que um patamar, em certos aspectos da vida, nos impossibilita de alguns objetivos: inteligência. Eu, não sou lá muito inteligente, sou do tipo que tem dificuldades para tirar sete numa prova de álgebra sobre funções. Não posso imaginar com muita esperança um amor entre mim e um homem bem formado em algo que exige no mínimo um cérebro bem "malhado", como medicina. Cara; um homem inteligente assim vai querer uma mulher inteligente, certo?

E eu. Eu com um gosto refinado para música (haha) não vou querer um homem que ouça pagode, não gosto de pagode, porque na minha cabeça, nesse aspecto, eu estou num patamar mais alto que o dele. E num relacionamento tem de haver igualdade, ninguém pode estar num patamar mais alto que o outro; e se vocês não gostam da mesma música e consideram o gosto do outro a baixo do seu, então para estarem juntos tem de estar em cima de pelo menos um patamar em comum. Se ele é mais inteligente, você tem o gosto melhor, então na aparência vocês são iguais, ou em sei lá o quê outra coisa.
Não sou igual a minha amigas, umas são mais inteligentes, outras mais bonitas, outras mais simpáticas, outras mais estilosas, mais talentosas. Compartilhamos nossas qualidades no máximo entre duas, então porque estamos todas juntas?
Porque pensamos igual. Uma amiga minha é mais bonita que eu, só que ela pensa que é bonita igual; se ela soubesse que é mais, andaria com as que se consideram mais bonitas. Eu sou mais inteligente que minha amiga, prova por prova isso é comprovado, mas eu a considero tão capaz quanto eu, por isso estou com ela e não com as que se consideram mais inteligentes que o resto. É tão complexo, mas a amizade TAMBÉM é formada por isso.

Não é em que patamar realmente estamos, mas em qual consideramos estar.
Então se você anda com gente burra, chata, é porque você está se considerando mais burra e chata do que realmente é. E entenda que se você foi rejeitada por alguém é porque realmente não estão no mesmo patamar, e se em um aspecto essa pessoa estava mais alta que você, em outro você estará mais alta.
Não estou dizendo loucuras do tipo: você decide o quão inteligente, bonita e simpática é. Afinal tem coisas que não conseguimos controlar, e outras que controlamos até um certo ponto. Mas o negócio não é fingir ser mais bonita, inteligente e simpática do que você é, o negócio é não se considerar menos do que é.
Afinal se considerando grande demais o máximo que pode acontecer é você cair ao tentar pular para um patamar inalcançável para suas qualidades, como tentar namorar um cara beém mais inteligente e que não vai te dar bola. Mas se você se colocar sempre num nível abaixo do que o seu, vai passar a vida com os outros pisando em você.
 Considere-se grande, e antes seja alguém que supera as expectativas do que alguém que nem sequer chega a sonhar com elas.


                                                                                                                CL - The Baddest Female

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Impotentemente apaixonada.


Era uma vez uma garota nem feia nem bonita, nem burra nem inteligente, nem legal nem chata. Era uma garota vivendo sua vida normalmente, com pequenos problemas que todo mundo tem. Mas ok, ela tinha um valor, afinal todo mundo tem algo de especial ou pelo menos uma personalidade. Essa garota (a quem vamos chama de Ana) tinha sua características combinadas; era generosa, espontânea, simpática, mas também era mandona, orgulhosa e sua paciência era algo que precisava ser treinado há tempos.
Um dia Ana se apaixonou.


E Ana nunca tinha se apaixonado. E Ana nunca tinha sentido aquilo, e ela não sabia como lidar, não sabia o que fazer, e quando decidia, não conseguia. Estava tão... impotente! E isso doía para o orgulho de Ana, e para seu jeito mandão também. Viveu acostumada a estar sempre no controle, sempre apontando o dedo e decidindo o quê ia acontecer na sua vida, quando quisesse, como quisesse. Mas agora não dava, ela não decidia mais nada.
Era... seu coração?
Por favor....corações não decidem!
Mas quando seu coração (e como é bobo seu coração) resolve escolher alguém, então você perde o comando, e fica assim, como Ana: impotente.
E Ana sonhava com ele toda noite, e mirabolava os planos mais românticos e doidos imagináveis, e suspirava, e se arrepiava ao avistá-lo, e murchava quando o perdia de vista, e... meu Deus! Como poderia conviver com isso pela eternidade sem nem nunca ter certeza de nada: se isso daria certo ou não, se eles dariam certo ou não!?
Então ela decidiu; colocaria o orgulho um pouco de lado pra conseguir sanar a dúvida, por mais doloroso que fosse o resultado.
Ela tentaria!


E ela tentou, nada saiu exatamente como planejado, e eles mal conversaram. Ela não tentou com o máximo afinal, mas estava sendo difícil pra ela, era uma situação vulnerável, e nunca vivera aquilo, e suas amigas também não (nunca haviam se apaixonado, e as que haviam eram tão arriscadas e acostumadas a ficarem vulneráveis),e ela tinha que juntar forças sem ter noção direito do que ia encarar.
E estava cada vez mais apaixonada...
Mas na hora ela não conseguia... ela travava, seu coração pulava sua mão tremulava e suava, e o medo de errar era incontrolável. E ela acabava por não tentar.
Mas e depois? Depois Ana lamentava-se em casa por não ter tentado, por não ter se arriscado a errar, não ter arriscado seu sentimento, não ter corrido o risco de errar a ponto de perder sua imponência. E ela lamentava, porque a dúvida ainda não estava sanada; daria certo? Ele e ela, um dia?


Acontece que Ana nunca saberia a resposta, e não vai saber se continuar a se entregar só de corpo e não de alma também.
Então é isso: ou ela vive com sua impotência sem nunca saber o que ele pensava, vive com aquela paixão sem fim, sem certo nem errado; ou ela arrisca tudo, arrisca um chute, um fora, um choro doído, uma noite lastimável, e vê, afinal no que essa paixão (tão nova) poderia dar...


E Ana jurou, e Ana vai tentar, porque mesmo sendo mandona, muito orgulhosa, e estando mais impotente do que jamais esteve na vida: Ana tem coragem.



                                                                                          The Killers - Here With Me




PS:. E afinal, Ana está apaixonada, e o que uma boa e verdadeira paixão não derruba?
             

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Não é orgulho, é amor próprio.

Tipo um orgulhinho irritante.
E quem se atreve a derrubá-lo? Eu que não. Mas deveria...
Pra discutir o porém do orgulho em nossas vidas é necessário um cenário para representá-lo.
E nada melhor do que relacionamentos!
Temos Serena, uma orgulhosa de nascença, e que vai ser orgulhosa até a morte, a não ser que algum milagre aconteça.
Acontece que orgulho não é algo desprezível, é algo bom e necessário para nossas vidas, e até certo ponto ( o ponto saudável) ele é o que chamamos de amor próprio, mas em algumas pessoas esse amor é muito grande, passa do ponto e vira um orgulho quase doentio.
Bom agora vou mostrar como esse orgulho/amor próprio as vezes é bom e as vezes não.
Serena com seu jeito sempre se recusara a correr atrás de qualquer um, sejam paixões ou amizades. Então quando brigava com alguém era a última a pedir desculpas, e mesmo quando dava mancada sozinha se recusava a concertar ou se redimir. Por conta disso as pessoas se cansavam de ter relacionamentos com ela, fossem qual fossem: amizades ou namoros.
Mas Serena dava seus jeitinhos de conseguir as coisas sem descer um degrau sequer da sua escada de orgulho.

É claro que conseguir as coisas sem afetar em absolutamente nada seu orgulho é algo muito bom. Todos gostamos do tal amor próprio, quem tem e quem não tem. Acontece quem nem sempre isso é possível, e vai chegar um momento na sua vida que terá de escolher entre seu orgulho ou uma amizade, ou um namoro, um sentimento, uma satisfação.
Então algo terrível começa a acontecer, você entra em conflito interno. Um conflito desgastante, é escolher entre você ou o outro. E muitas vezes o outro é a melhor opção.


Acontece que todo mundo gosta do amor próprio e quando você deixa de afetar o seu a outra pessoa afeta o dela em sacrifício, e ninguém aguenta ficar se sacrificando, sem parar.
Mas é tão difícil...
Você está louca para chamar aquele cara pra sair, mas seu orgulho grita fazendo você se recusar a tal situação vulnerável.
Você está morrendo de saudades daquele amigo com quem brigou por algo tão bobo, mas seu orgulho grita para você se recusar a pedir desculpas, porque desculpas são para os fracos sem amor próprio.
Você quer tanto aquele namoro de volta que se desmanchou por um motivo tão fútil, mas seu orgulho grita para você se recusar a se rebaixar a tal nível e correr atrás de alguém, que talvez te negue.
E por dentro você está desabando...


Agora posso explicar a diferença entre amor próprio e orgulho. Pois não são as mesma coisa, e nem muito parecidos são.
Amor próprio é quando você se ama, e ama que os outros te amem. É  quando você pensa no seu bem-estar, e se for necessário pedir desculpas para seu amigo para ser feliz de novo, e se for necessário correr o risco de um não para se acalmar, e se for necessário correr atrás do ex-namorado para ter certeza; então você vai se desculpar, vai correr o risco e vai correr atrás. Para se sentir segura, as vezes triste, mas sem dúvidas ou vontades. É amor próprio, é pensar nos seus sentimentos, na sua real dignidade, e em como ser feliz.
Orgulho é quando você para de pensar no outro, e para de pensar no seu bem-estar, para pensar na sua imagem. Porque você não vai ferir seu orgulho pedindo desculpas, e vai viver triste sem aquele amigo, e você não vai arriscar seu orgulho convidando alguém par sair, mas vai dormir com vontade, e você não vai pisar no seu orgulho correndo atrás de quem sente falta e te deixou, mas vai dormir chorando. Você vai estar intacta, não terá descido um degrau sequer da sua escada de orgulho, estará com a cabeça batendo no teto, com o orgulho impenetrável sendo exibido para todos, como uma imagem de poder, auto-confiança, e... amor próprio, um falso amor. Porque por dentro você está derrubada, está triste, com vontade, com saudades e solitária. E tudo a merce do orgulho.
Então será que ele vale tanto a pena assim?


Ninguém quer ser como Serena, que finge desligar os sentimentos para parecer imponente. Ela está no topo da escada, acima de todos, não desce degrau algum para ninguém. Mas ela está lá em cima, sozinha, porque o resto está lá embaixo sendo feliz.
Deu pra entender certo...?
Agora é só decidir se quer bater com cabeça no teto como uma rainha, ou desencanar e viver descendo degraus pelos outros, pela sua felicidade.


Uma pessoas orgulhosa é como um lustre imaculado de cristal, sem lampadas internas para iluminá-lo.

     Tenha orgulho, mas não bata a cabeça no teto.


E mesmo parecendo no controle de tudo, Serena chora.



                                                                   Likke Li - Get Some

                                                                                    Lana del Rey - Summertime Sadness

domingo, 30 de dezembro de 2012

Mais uma bolsa $

Tipo, todo mundo já quis um namorado.
Sim, todo mundo.
Você já quis um, quer, ou ainda vai querer.
E por quê né? Ou melhor: pra que né?


Vamos contar que você não seja uma pobre solitária completa, que você tem amigas, amigos e uma família.
Por que o que realmente queremos (as vezes inconscientemente) são pessoas. Queremos pessoas, pois são elas que nos dão o que há de mais importante na vida: carinho, companhia e amor.
Então se você tem amigas verdadeiras, leais e maravilhosas e uma família que te ama e alegra, por favor me diz por quê tu vai querer um namorado menina?
De verdade, se você estiver nesse exato momento solteira atrás de um ou a espera de um, reflita por um tempo sobre essa pergunta.

Mas aí é que tá, porque talvez esse desejo de ter um companheiro (um bom companheiro) não seja por necessidade de amor e carinho, e sim por simplesmente... moda.
É, moda.
Porque você é uma adolescente, moça, nova, e está no auge dos namoros. Então ter um namorado é bom, senão até necessário. Tá na moda. Sempre esteve e sempre vai estar, principalmente para nós adolescentes.
Isso vem, acredito eu humildemente, de extinto. Lá dos homens das cavernas, onde homem tinha que ter mulher e mulher tinha que ter homem, pra procriar. Era questão de extinto e necessidade, e bizarramente ainda temos isso correndo em nosso sangue. Como um restício desse extinto tosco, inconscientemente estamos atrás de um macho pra nós e.e
Acho que isso influência nessa coisa de estarmos sempre atrás de um par.
Então tem os hormônios né? Que usamos pra tudo como desculpa.
E ainda tem o amor Hollyoodiano. Aquela coisa de filmes, que nós meninas apaixonadas, vemos desda infância mais distante; aquela coisa de alma gêmea, de não poder morrer sozinha, de achar seu complemento e blá blá blá...
Então estamos todas alienadas, porque precisamos de um namorado.


Não precisamos de namorado.
Nem hoje, nem amanhã.
Tudo bem se você tem um, se quer ter algum dia. Namorados não são proibidos.
Mas antes de ter um, querer um, ou ir atrás de um, você precisa analisar seus conceitos.
Porque namoros surgem, e brotam como plantinhas silenciosas. As vezes ele, o amor da sua vida que você tanto espera encontrar, seja feio, ou burro, ou cafona, ou baixinho, ou pobre, ou esquisito, ou ... completamente diferente do jeito que você imagina.
Acontece que pra viver não é necessário ter um namorado, se você encontrar a pessoa perfeita pra você, ótimo. Mas precisamos estar conscientes de que namorado não é bolsa. Não é acessório de exibicionismo.
Se você já tem  suas amigas e família te dando todo o amor necessário e você sonha com um namorado bonito, então você não quer namorado algum, você quer status.
Agora a histórinha pra explicar de um jeito melhorzinho o que eu disse até agora.
Celline sempre quis alguém pra vida dela, um namorado, de verdade, sério.
Mas estava difícil encontrar alguém que se encaixasse nos padrões dela, que não eram nada menos do que extremamente exigentes. O namorado tinha que ser bonito, inteligente, esforçado, carinhoso, romântico, moderno mas não podia ser metido nem muito orgulhoso, o relacionamento tinha que ter o mínimo de ciúmes, se possível nenhum, ele tinha que ser alto, não podia ter voz fina, nem ser muito magrelo, nem barrigudinho, nem muito musculoso, tinha que gostar do mesmo estilo de música dela e se possível: loiro.
E me diz, será que por ser loiro, bonito, alto, com corpo perfeito, inteligente e de voz bonita a Celline o amaria mais?
Talvez na hora de conhêce-lo esses requisitos ajudassem, mas num namoro isso não conta, e não conta nada. 
Porque se Celline já tinha amigas com quem conversar e se divertir, uma família a amando, um namorado lindo de morrer só ía servir pra beijar e exibir pros outros.
E se... você quer exibir conquistas, ou se alto exibir, compre uma bolsa.


Então, antes, de passar um batom vermelho pra ir ao shopping, ou enfiar uma minissaia e um salto para ir a uma festa, ou comprar a revista Capricho com os 10 mandamentos da paquera, ou se debulhar em lágrimas com as amigas porque está solteira... analise a situação e veja se o que você precisa é um namorado ou uma bolsa.
Aí antes de usar seu tempo para seduzir geral, use-o pra arranjar um emprego e juntar grana pra comprar uma bolsa da PRADA, sei lá...

 


Dica: Compre a bolsa, emana muito mais poder! E está na moda...





(PS:.se você não tem amigas nem família corra logo atrás de um namorado.)




                                                                                                                           Gossip - Heavy Cross


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

E a libeberdade.


Tipo, todo mundo sonha com a iberdade.
Ela tem várias caras diferentes.
A liberdade com que eu sonho, por exemplo, tem a cara de uma casa, comigo bem-sucedida, formada naquilo que eu sonhei, inteiramente independente.
A sua pode ser algo mais simples como: poder ir dormir na casa das amigas quando quiser. Ou algo mais cru, como: sair da prisão. Poder vestir as roupas que quiser, assistir o que quiser a hora que quiser...
Mas o triste é que todo mundo sonha com a liberdade e ela é algo que não pode ser comprado, nem conquistado de uma hora pra outra. É uma luta cansativa, quase como a luta pela vida. Diferente de uma luta para sobreviver é uma luta para curtir, ninguém precisa da liberdade, é quase como uma fútilidade, uma curiosidade.
Um passarinho engaiolado não precisa sair da gaiola, aliás ele provávelmente duraria pouco tempo fora dela, pois não saberia se alimentar nem fugir de predadores. Mas ele vai morrer ali engaiolado, com a barriga cheia, mas a boca sedenta de desejo, com o corpo forte, mas com a alma desmontando de curiosidade, com a mente nutrida , mas paranoica de sonhos. Sedento por liberdade, curioso por liberdade, sonhando com a liberdade... pra sempre.
E, cá entre nós a liberdade tem um gosto muito bom. Afinal, se não tivesse não lutaríamos tanto por ela.
Pela independência do nosso país, para podermos sair com os amigos, para vermos os filmes que quisermos, para dormimos a hora que quisermos, sair com quem quisermos, fazer o que quisermos.
" Ah, mas meus pais..."
Não, não... não são seus pais que tiram sua liberdade (ou a limitam), nem seus amigos, nem o governo, nem a sociedade.
" Sou eu mesmo..."
Ha! Também não!
São as consequências.
Sim, as consequências.
As vezes são seus pais que as criam, ou seus amigos, ou o governo, ou a sociedade como um todo.
Deixa eu explicar: não tem como seus pais te impedirem de você pirar da aula na escola (a não ser que eles sejam paranoicos e instalem um chip em você), mas se eles descobrirem que você pirou da aula vão te por de castigo. E é isso que tira sua liberdade, a consequência de pirar na aula. Ou se você resolver roubar um carro e viajar sozinho, menor de idade, ultrapassando a velociade, é claro que não é tão fácil roubar um carro, mas dirigir não é tão difícil, enfim nada te impede, só as consequências. Porque se você roubar um carro, o dono vai perceber, e se você correr na pista o radar vai te perceber, e aí a polícia vai ser solicitada , vão te pegar e te prender, e caso não te peguem você vai ficar correndo eternamente numa luta sem fim pela liberdade. Uma liberdade idiota.



O negócio é que enquanto houver consequências pra tudo nunca haverá liberdade. E não pense que isso é algo deprimente, é algo extremamente bom.
Porque se não houvessem as consequências, você estaria neste exato momento atrás pra roubar um carro porque acabaram de roubar o seu, e seu pai estaria atrás de algum lugar pra roubar comida porque roubaram a do supermercado.
Então liberdade e "castigos" tem que andar juntos.
Isso parece triste, eu sei. Porque dá a sensação de que você vai viver presa a vida inteira.
É porque temos um conceito sobre a palavra liberdade, porque na nossa cabeça liberdade representa tudo! Você feliz, você sendo completamente você. Parece que sem a tal da liberdade não somos nada, somos apenas miseráveis pássaros morrendo sedentos dentro de uma gaiola.
Mas não é isso.
Um exemplo de que a não liberdade faz ( e sempre fará) parte da vida e que não é ruim. Quando você está namorando ou está casada. Você não tem liberdade.
"Claro que eu tenho, meu namorado não manda em mim!"
Não é esse o centro da questão!
Não estou falando de namoros e casamentos ciumentos e possessivos. Estou falando de paixão, porque quando você está apaixonada por alguém, aquele alguém faz parte da sua vida, e se for amor de verdade aquela pessoa está incluída no seus planos, e se for pra largar o emprego perfeito pra poder continuar com aquela pessoa, você vai largar. E está aí, você, apaixonada, amando, jogando sua liberdade por aquela pessoa (é esse um dos principais motivos que deixa as pessoa com medo de se apaixonar, porque vai que você joga sua liberdade por amor e a outra pessoa não, e nós amamos a liberdade).
Mas se ambos jogarem o "ser livre" pelo "juntos pra sempre", isso não é um problema , realmente não é.
 É lindo.
Tipo, então por que lutamos tanto pela liberdade pela curiosidade se não é o mais importante da vida? "Porque junto  com a liberdade vem a satisfação, e a diversão."
E o resto?
"Que resto?"
O amor, as pessoas, a família..?
"Pra que?"

Aha , cheguei onde eu queria! Finalmente.
É, pra que?
Pra ser feliz.
Pra ser feliz, com certeza, felicidade é o centro da vida, e para nós liberdade e alegria andam de mãos dadas. Mas me desculpe caro amigo, mas você está esquecendo a amiga ciumenta da liberdade: a consequência.
Então o passarinho foi solto, suas preces foram ouvidas. Ele está estourando de alegria, está livre. Livre!
E estão lá, como o imagindado: a liberdade e a alegria andando juntas!
É claro... até um gato faminto e esperto aparecer. Então o passarinho vai chorar quando seu corpo miúdo estiver preso sem chances nas garras da consequência.
E, eca, que gosto amargo tem a liberdade.
Então o passarinho vai perceber que o que ele buscava era felicidade, e que ele procurou no lugar errado.
Então liberdade é isso: um sonho sufocado de expectativas.
A liberdade é maravilhosa, mas não é o burro de carga da felicidade. E pode ter certeza que o que você procura é felicidade, ela pode estar num casamento ciumento, em roubar carros com adrenalina correndo solta no sangue, sair de casa e viver sozinha e independente, não importa.
Só não jogue no desconhecido o que você gostaria de encontrar, que talvez esteja em outro lugar.

Audrey Hepburn - Bonequinha de luxo, onde interpreta uma personagem que foge do amor pela liberdade



Liberdade é só mais uma emoção, só mais uma sensação. 
Imagine um mundo com liberdade absoluta, sem consequência, sem mais absolutamente nada. Primeiro que é quase impossível de imaginar, e segundo que é um mundo triste, porque assim que obtemos a liberdade e paramos de lutar por ela começamos a lutar pela sobrevivência.
Não queremos sobreviver, queremos viver. 
Não queremos liberdade, queremos felicidade, andando junto com a liberdade ou outra coisa.
Ninguém é independente, ninguém é livre, somos seres humanos, e quando lutamos, somos felizes.







                                                                                                                     Lana del Rey - Carmen
                                                                                                                     Lana del Rey - Radio























sexta-feira, 23 de novembro de 2012

E, acabou. (e.e que se exploda que as imagens ficaram saindo pra fora)

Tipo, felizmente e infelizmente tudo tem um fim. As coisas boas e as coisas ruins.
Haja o preconceito que houver, a saga Crepúsculo fez parte da minha vida, de um jeito especial, melancólico, marcante, improvávelmente cicatrizante, romântico, e mais importante do que tudo: ilustrou o surgimento das amizades mais fortes que tenho hoje.
No ano em que lançou Crepúsculo eu tinha acabado de me mudar de escola, e assim que assisti o filme viciei, e na nova escola descobri outras que compartilhavam esse mesmo vício. 
Era um amor, um desejo, um sonho infinito, tanto sentimentos grandes em relação a história que tínhamos quase inveja da protagonista Bella.
Então éramos maníacas por Edward Cullen e Jacob Black. Os papos, as alegrias, os desejos, as tritezas, os choros, tudo girava em torno disso. Tudo. 
E quantas vezes não sonhamos com um primeiro beijo como o de Bella e Edward?
E quantas vezes não desejamos sentir por alguém e que alguém sentisse por nós o amor que aquele casal vampiro-humano compartilhava?
Conheci minha melhor amiga com Crepúsculo, e escrevemos nosso primeiro livro juntas por causa de Crepúsculo. 
E isso nunca vai ser apagado.




Então no ano seguinte lançaram Lua Nova. Independente como, todas assistimos. Anciosas. Amamos, mas ao decorrer do tempo fomos esquecendo. Ainda estávamos lá, segurando com garra o título de fãs loucas.
E o livro ganhava páginas, e os sonhos cresciam, e o amor explodia cada vez mais feroz pra fora do peito.
Mas outras coisas aconteciam na vida... outros pensamentos nos prenchiam, e um bom tempo depois de ter assistido Lua Nova..., nos cansamos. Não definitivamente.
Mas os posters foram retirados das paredes, dobrados e guardados no fundo de uma gaveta esquecida.
Somente um pequeno poster do tamanho da capa de uma revista foi deixado na porta, expondo o rosto de Edward. 
Ninguém falava mais.


 Aproximadamente um ano depois lançaram Eclipse. Fomos todas assistir juntas. Felizes, nervosas. O filme foi maravilhoso.
E a paixão, parecia tudo ter voltado. Pena que durou pouco. Esequecemos de novo.
E então nossa amizade foi se fortalecendo, volta e meia comentando sobre a série. Mas não era mais Crepúsculo que nos unia, éramos nós mesmas, com nossos gostos e opiniões compartilhados. E nosso vínculo nunca esteve mais forte.
E nossas paixões nunca foram tão verdadeiras. Não sonhávamos com Bella dando certo, nem com Edward em nossos sonhos, nem com Jacob... 
Éramos nós lutando por amor, por nossos próprios anceios.
Ninguém lembrava de Edward e Bella.


Então lançaram Amanhecer - primeira parte. 
Choramos, e não bastasse assistirmos duas vezes no cinema (o que é raro, porque o ticket é caro). O casamento, o "amor", a gravidez, o nascimento, e... a transformação. 
A transformação.
Aquela cena melancólica com a música mais profunda, revirando seu estômago, seu interior, mexendo com as lembranças de um jeito cruel. 
Então a anciedade cresceu de novo. Todas a espera de Amanhecer - parte 2.
Mas não era igual... não era, porque mesmo que fosse pouco, a maturidade estava chegando, e histórias maravilhosas de amor não nos esncantava tanto. 
Edward e Bella não eram mais um futuro certo para todas nós, era apenas mais uma história de ficção. Algo tão maravilhoso, tão incrível, que parecia impossível.

Há pouco tempo assistimos ao final. Ao último filme: Amanhecer - parte dois.
E no final me debulhei em lágrimas (eu e mais outra amiga, as outras nem tanto). Porque eu lembrei de tudo. Desde o marco importante em que conheci minhas melhores amigas, lembrei dos meus sonhos, das minhas fantasias, do meu coração apaixonado de menina, da curiosidade, das centenas de linhas escritas à saga, e era tudo tão bom.
Uma fase infinita da minha vida marcada pela história do casal de Crepúsculo.
Então Crepúsculo acabou; e a sensação foi como a de uma despedida repentina. Como se seus pais te acordassem no meio da noite dizendo que estavam partindo, pra sempre, e você se despede num repente de tudo aquilo. Foi assim. Foi como dar tchau para toda aquela fase de contos de fadas que durou anos em apenas minutos. É claro, que depois você percebe que aquilo foi figurativo, que foi algo ilustrativo, que sua amizade vai continuar independente do fim dos filmes.
Mas então, eu lembrei de uma coisa que me partiu o coração. Aquela fé incondicional no amor.
Eu tinha uma fé cega no amor, no achar o seu par, no achar a sua alma gêmea. E a saga de Crepúsculo me proporcionou fissuração nessa fé. E quando eu terminei de ver a última cena do último filme, eu percebi que minha concepção era completamente outra.
Meu sonho não era o mesmo de 4 anos atrás, achar o amor da minha vida, porque humanos não vivem sozinhos, humanos podem ter tudo em par, menos o coração (e alguma outras coisas ok, mas o coração se destaca) precisávamos do coração de outra pessoa, e eu tinha de achar essa pessoa, eu sabia que ela existia, e sonhava, imaginava....
Então, agora, meu sonho para o futuro não passa de: conseguir me formar, viajar para o exterior (e se possível sozinha), conseguir um bom emprego, ser bem sucedida, independente. E é claro que pra isso não preciso, e alias é preferível não ter um parceiro.
E isso é triste. Não é necessário se iludir e parar no tempo pra sonhar com amores e caras milaborantes, mas a vida não tem valor sem os sentimentos, e pra mim, o amor é o mais forte de todos. Seja amor de casal, de irmão, de mãe, de amiga...
Minha fase de ilusões talvez não tenha acabado, e mesmo que um dia acabe, não importa, porque o amor nunca acaba.


 Obrigada Stephenie Meyer por me fazer acreditar no amor, pelo menos de uma forma mais mágica.




 Soundtrack Crepúsculo:

1. Muse — Supermassive Black Hole
2. Paramore — Decode
3. The Black Ghosts — Full Moon
4. Linkin Park — Leave Out All The Rest
5. MuteMath — Spotlight (Twilight Mix)
6. Perry Farrell — Go All The Way (Into The Twilight)
7. Collective Soul — Tremble For My Beloved
8. Paramore — I Caught Myself
9. Blue Foundation — Eyes On Fire
10. Rob Pattinson — Never Think
11. Iron & Wine — Flightless Bird, American Mouth
12. Carter Burwell — Bella’s Lullaby


Soundtrack Lua Nova:

1 Meet me on the equinox (Death Cab For Cutie)
2 Friends (Band os Skulls) 
3 Hearing damage (Thom Yorke)
4 Possibility (Lykee Li)
5 A white demon love song (The Killers)  
6 Satllite Heart (Anya Marina )
7 I belong to you - Remix (Muse)
8 Roslyn (Bon Iver & St. Vincent) 
9 Done all wrong  (Black Rebel Motorcycle Club)

10 Monsters (Hurricane Bells) 
11 The violet hour (Sea Wolf)
12 Shooting the moon (Ok Go)
13 Slow life (Grizzly Bear) 
14 No sound but the wind  (Editors)
15 New moon - The meadow (Alexander Desplat)  
     


Soundtrack Eclipse:

1 – Metric – Eclipse (All Yours)
2 – MUSE – Neutron Star Collision (Love Is Forever)
3 – The Bravery – Ours
4 – Florence + The Machine – Heavy In Your Arms
5 – Sia – My Love
6 – Fanfarlo – Atlas
7 – The Black Keys – Chop And Change
8 – The Dead Weather – Rolling In On A Burning Tire
9 – Beck and Bat For Lashes – Let’s Get Lost
10 – Vampire Weekend – Jonathan Low
11 – UNKLE – With You In My Head (Feat. The Black Angels)
12 – Eastern Conference Champions – A Million Miles An Hour
13 – Band of Horses – Life On Earth
14 – Cee Lo Green – What Part of Forever
15 – Howard Shore – Jacob’s Theme



Soundtrack Amanhecer - parte 1:

01 End Tapes – By The Joy Formidable
02 Love Will Take You – By Angus & Julia Stone
03 It Will Rain – By Bruno Mars
04 Turning Page – By Sleeping At Last
05 From Now On – By The Features
06 A Thousand Years – By Christina Perri
07 Neighbors – By Theophilus London
08 I Didn’t Mean It – By The Belle Brigade
09 Sister Rosetta (2011 Version) – By Noisettes
10 Northern Lights – By Cider Sky
11 Flightless Bird, American Mouth (Wedding Version) – By Iron & Wine
12 Requiem On Water – By Imperial Mammoth
13 Cold – By Aqualung & Lucy Schwartz
14 Llovera – By Mia Maestro
15 Love Death Birth – By Carter Burwell
16 Like A Drug (Bonus Track) – By Hard-Fi
17 Turning Page (Instrumental) – By Sleeping At Last
18 Eclipse (All Yours) [Bonus Track] – By Kevin Teasley



Soundtrack Amanhecer - parte 2:
1 “Where I Come From” — Passion Pit
2 “Bittersweet” — Ellie Goulding
3 “The Forgotten” — Green Day
4 “Fire In The Water” — Feist
5 “Everything And Nothing” — The Boom Circuits
6 “The Antidote” — St. Vincent
7 “Speak Up” — POP ETC
8 “Heart of Stone” — Iko
9 “Cover Your Tracks” — A Boy and His Kite
10 “Ghosts” — James Vincent McMorrow
11 “All I’ve Ever Needed” — Paul McDonald e Nikki Reed
12 “New For You” — Reeve Carney
13 “A Thousand Years (Part Two)” – Christina Perri
14 “Plus Que Ma Prope Vie” — Carter Burwell 





Amo as trilas sonoras dos filmes, todos. As grifadas são minhas preferidas (sim, gosto de quase todas). 

                                                            Escrito enquanto ouvia:
                                                                                       Florence and The Machine - Lover to Lover